O primeiro passo é ler o roteiro e localizar as cenas em que os efeitos serão necessários. Antes de produzir os truques, também é imprescindível descobrir qual será a posição da câmera e como será feita a iluminação, entre outros detalhes da filmagem. Até mesmo um efeito simples, como o sangue artificial, varia conforme o uso que se fará da mistura - a densidade e a composição do líquido vão mudar se o objetivo for manchar roupas ou utilizá-lo diretamente na pele, por exemplo. "Existem dois tipos básicos de maquiagem: a de caracterização e a de efeito", diz o cineasta e técnico de maquiagem e efeitos especiais André Kapel, cujo trabalho pode ser visto em obras como Amarelo Manga (2003). No primeiro tipo, o ator começa e termina o filme do mesmo jeito. "Já a maquiagem de efeito serve para transformar um personagem depois que ele passa por algum acidente", diz André. É esse recurso que você confere no making of sinistro que montamos aqui. A maquiagem de efeito surgiu com o cinema e foi usada por pioneiros como o francês Georges Méliès (1861-1938) e pelo inventor norte-americano Thomas Alva Edison (1847-1931) - que produziu, em 1910, a primeira adaptação cinematográfica de Frankenstein. Mas o grande gênio dessa arte foi Lon Chaney (1883-1930), ator que cuidava da caracterização de seus personagens. Uma amostra de seu trabalho pode ser conferida em clássicos como O Corcunda de Notre Dame (1923) e O Fantasma da Ópera (1925). Até a década de 1980, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pelo Oscar, não premiava esses artistas talentosos. A primeira estatueta de maquiagem foi concedida a Rick Baker, pelo filme Um Lobisomem Americano em Londres (1981).
Via:Mundo Estranho.
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