Em 1948, como uma forma de melhorar o sinal enviado pelas emissoras através de ondas de rádio. Isso mesmo: a TV a cabo não surgiu como um meio de transmitir um conteúdo exclusivo e pago, mas claro que a sua invenção foi motivada por interesses comerciais. O comerciante americano John Walson começou a vender televisores em uma cidadezinha no interior do estado da Pensilvânia (EUA). Nessa época, a televisão engatinhava nos Estados Unidos - e nem existia no Brasil -, o que dificultava a venda de aparelhos, não só por serem caros, mas também porque havia poucas antenas retransmissoras e as ondas que levavam o sinal sofriam muitas interferências até chegar a casas muito distantes. Foi então que Walson teve uma idéia para turbinar suas vendas: instalou uma antena no alto de um morro e de lá puxava cabos para as casas das pessoas que comprassem televisores na sua loja. Isso passou a ser feito em outros lugares dos Estados Unidos e do mundo todo. Em 1958, a moda chegou a terras tupiniquins, mais especificamente à cidade de Petrópolis (RJ), onde cabos foram distribuídos para melhorar os sinais enviados pelas emissoras do Rio. O cabo só passou a ser um meio de transmitir conteúdo exclusivo muito tempo depois, com o surgimento do canal HBO, que em novembro de 1972 transmitiu um jogo de hóquei seguido de um filme só para 365 lares da Pensilvânia (novamente a Pensilvânia) que pagaram pelo serviço. A idéia deu tão certo que o cabo virou sensação nos EUA nos anos 80 - de 1984 a 1992 foram investidos 15 bilhões de dólares para o cabeamento de ruas. Hoje, mais de 80% dos lares americanos contam com algum serviço pago e o conjunto de canais por assinatura (MTV, TNT, ESPN, etc.) já tem mais audiência do que os gratuitos (comandados pelas gigantes CBS, ABC e NBC).
Via:Mundo Estranho.
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