Em meio a um conflito armado, qual o conceito de ética? O que pode e o que não pode ser feito durante uma Guerra? É justo atacar um barco-hospital inimigo durante um conflito? Como deve ser tratado um prisioneiros de guerra? Um comitê internacional luta para que essas perguntas tenham uma solução com caráter mais humano. É o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), que busca preservar a dignidade humana durante conflitos armados e completa 150 anos neste domingo.
A instituição foi batizada com esse nome por um empresário suíço Henri Dunant em 1876 e é uma evolução do “Comitê Internacional de Socorro aos Militares Feridos”, criado em 1863. Espalhada pelo mundo todo, foi agraciada com o Prêmio Nobel da Paz duas vezes, ambas em reconhecimento à sua atuação nas Guerras Mundiais.
Pelo que o Comitê é responsável?
Durante conflitos armados, seus representantes inspecionam campos de prisioneiros, instalações médico-sanitárias e diversas outras ações que visam a garantir que os direitos humanos sejam preservados. “O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) é uma organização imparcial, neutra e independente que tem a missão exclusivamente humanitária de proteger a vida e a dignidade das vítimas dos conflitos armados e de certas situações de distúrbios internos, assim como de prestar-lhes assistência”, resume Gabriel Valladares, assessor jurídico e encarregado dos programas com as Forças Armadas e Meios Acadêmicos da Delegação Regional da CICV para Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai.
Os emblemas
A entidade possui uma série de emblemas com a função de identificar seus profissionais. O mais conhecido é o da uma cruz vermelha sobre um fundo branco. Na guerra, o símbolo funciona como um código. Durante um conflito, se o emblema estampa um barco, por exemplo, é sinal de que o meio de transporte é de médicos e, portanto, não deve ser atacado. Além deste emblema, a organização também já utilizou um Crescente Vermelho e um Leão vermelho com um sol, ambos em fundo branco.
Embora tenha desempenhado um papel importante ao longo dos últimos 150 anos, muitos foram os momentos, nesse período, em que o órgão não conseguiu dar conta de garantir o que se propôs – e a realidade não foi tão romântica quanto desejava. Ficou interessado em descobrir quais foram esses momentos e conhecer melhor a trajetória do Comitê? Confira esta reportagem que escrevi sobre a Cruz Vermelha e os Tratados de Genebra, juntamente com o repórter Fábio Marton, na Revista Aventuras da História em 2012.
Via:Super Interessante
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